Dada a ausência de informação deste género, alusiva às Bodas de Ouro do Grupo Folclórico, decidimos fazer a montagem acima.
Esta situação, ausência de informação em outdoors e outros locais, leva-nos a perguntar: placas para que vos quero?
O Grupo Folclórico foi, durante os últimos 50 anos - e continua a sê-lo-, o embaixador-mor, em termos culturais, com um trabalho meticuloso no que concerne à recolha, reconstituição e divulgação da Cultura do Baixo Mondego considerado, justissimamente, o Museu Ambulante do Traje.
As gentes da nossa Vila e não só, devem orgulhar-se disso.
Devem fazer-lhe uma vénia.
Render-lhe a devida homenagem.
O Grupo de Pereira merece ser alvo de outro tipo de trato.
Paremos um pouco para pensar nas numerosas páginas de história que este Grupo já escreveu, das grandes e numerosas alegrias que já proporcionou.
As tristezas não só chamadas à liça num momento destes.
Olhe-mos para a sua história.
Sejamos mais humildes aprendendo algo com ela.
O nosso Grupo tem associada ainda uma outra vertente que se entronca com a etnografia, com o folclore e as tradições orais: a divulgação da Queijada de Pereira, já referida no Foral de D. Manuel I, de 1 de Dezembro de 1513 e pintadas por Josefa de Ayala Figueira, conhecida como Josefa de Óbidos (20 de fevereiro de 1630, Sevilha, Espanha, 2 de julho de 1684, Óbidos) no quadro Natureza Morta com Doces e Barros, com data provável de 1676.
Mais se orgulha este Grupo de possuir, no seu valiosíssimo espólio, o traje de Vendedeira de Queijadas, traje esse, que tem sempre lugar de grande destaque, quer pela sua raríssima beleza e sumptuosidade, mas também pela sua simbiose com a melopeia do pregão - uma raridade etnográfica em rápida extinção -, que a senhora que o enverga, faz ressoar em qualquer palco, terraço ou terreiro, num dos muitos e conceituados locais, quer em Portugal, quer além-fronteiras, onde este Grupo já brilhou e vai continuar a brilhar.
Para finalizar colocamos estas duas questões:
No dia 22 de Maio, de ano transacto, foi assinada a escritura de constituição da APQP – Associação de Produtores da Queijada de Pereira, porque não, esta instituição, colocar um outdoor a assinalar as Bodas de Ouro do Grupo Folclórico da Vila de Pereira?
Mas para além desta instituição, não há outras na Vila, e não só, que poderiam e deviam, também elas, elaborar um outdoor a assinalar data única?
Porque não?
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