sábado, 7 de janeiro de 2017

As Janeiras cá da terra



Cada tiro, cada melro!


Cada ano: um pior que o outro!
Então neste novo ano e também com uma nova equipa directiva, já em plenitude de funções e tão cheia de grandes intenções - que se deu ao conhecimento numa pose fotográfica ao nível de uma revista cor-de-rosa-, como é que é possível que com as Bodas de Ouro do Grupo ao virar da esquina, a tradição do Cantar das Janeiras se circunscreva apenas ao Centro de Dia, Casa Paroquial, ADCR Pereira e Junta de Freguesia?
Inconcebível!
Inaceitável!

É algo extremamente redutor para o nosso Grupo Folclórico, para a nossa Vila! 
 
Talvez os Reis Magos, no dia 6, além do habitual ouro, do incenso e da mirra, tragam consigo este ano outros presentes, como por exemplo: jerricans com gasóleo para que as carrinhas dalgumas instituições da Vila não fiquem paradas em plena via por falta de combustível!
Que asco!
Não vos parece que o Grupo Folclórico é cada vez menos da Vila de Pereira, sendo apenas, mais um, dos muitos coutos que por cá existem?

Ups!  Mete gelo!

O texto, sobre este mesmo tema, datado de 3 de Janeiro de 2015, está aqui.
Também pode ser lido, após o cartaz de 2015, que republicamos abaixo.
 
 
"Só os moradores e vizinhos da Casa Paroquial, do Largo do Terreirito, os vizinhos da ADCR Pereira, os mais próximos da Capela de Santa Rita e da Junta de Freguesia é que têm o privilégio (?!) de ouvir cantarem as Janeiras?
E quem se não pode deslocar?
É a montanha que vai a Maomé?
Não há, nos dias de hoje, viaturas para deslocar os cantadores e respectiva tocata pelos outros bairros da Vila?
Só os moradores e vizinhos da Casa Paroquial, do Largo do Terreirito, os vizinhos da ADCR Pereira, os mais próximos da Capela de Santa Rita e da Junta de Freguesia é que têm o privilégio (?!) de ouvir cantarem as Janeiras?
E quem se não pode deslocar?
É a montanha que vai a Maomé?
Não há, nos dias de hoje, viaturas para deslocar os cantadores e respectiva tocata pelos outros bairros da Vila?
Então, nos locais abaixo indicados, não existem pessoas para quem a tradição ainda é o que era e não quase uma subversão, alimentada pela obrigação - e não pela paixão, de promover mais uma iniciativa, que se nos afigura como mais um logro, mais um atentado à “tradição secular” e à imagem de grandiosidade granjeada no passado pelos promotores e da própria Vila em si?
Exemplos?
Montes de Cima: Largo da Capela
Senhora do Pranto: Largo da Capela
Cabecinhos: Fonte do Coronel
Morraceira: Cruzamento para a Rua Vila de Pereira
Casais Velhos: Largo da Associação (que já reabriu!)
Urbanização Quinta D. Teodora: largo principal
Urbanização Quinta S. Luiz: largo principal
Tojal: Largo da Capela ou na Cruz Vermelha
Mas, nem tudo é negativo.
Começar pelos mais velhos, no Centro de Dia (o tal barraco de madeira, onde o sol não consegue entrar durante todo o dia) é uma nota digna de ser sublimada pela positiva.
Mas não é só no Centro de Dia que estão muitos idosos que gostavam que o Rancho da sua terra lhes reavivasse a sua meninice, a sua juventude, com o cantar da Janeiras.
Há mais vida, para além destes poucos locais onde o Grupo vai cantar.
Há mais gente, há mais vida noutros bairros, muitos deles sempre ostracizados nestas coisas da Cultura, onde outras pessoas valorizam muito mais esta e outras tradições de forma muito pura, muito genuína, de sorriso rasgado e não com o dever de estar presente de riso forçado, a fazer um frete."


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