Era intenção regressarmos apenas amanhã mas, circunstâncias várias, motivaram a antecipação, em um dia, este nosso regresso.
Devia ser comemorada com a devida pompa e circunstancia, com banda de música e quejandos, amanhã e não hoje, o 24.° aniversário da elevação de Pereira à categoria de Vila.
Mas o porquê o facto de politicamente hoje?
A quem dá jeito?
Enfim...
Como estão na moda os vale-presente, que tal escolher um destes como presente em mais este aniversário, como forma de combater o cinzentismo, a tacanhez, a vacuidade a que estamos votados, no pensamento e na acção, mas que grassam, na nossa Vila e não só, como uma peste?
Quem e que pragas nos terão rogado?
A Vila de Pereira e as suas gentes não serão merecedoras de receber todos estes quatro vale-presente ou até mais?
Uns são filhos e os outros são enteados?
Não vos parece, que já de há largos anos a esta parte, o poder político trata a Vila de Pereira e as suas gentes, amiudadamente, com bastardia?
Somos a principal porta de entrada do concelho e aquilo que temos como "montras" são a velha ponte do paço, a moribunda praia fluvial e seus arredores, os acessos de Santo Varão que passam pela urbanização - magnânimos à esquerda e a direita (e as captações de água ali no meio numa espécie de selva).
E o que dizer da deslumbrante entrada, pela rua do Tojal, para a dita urbanização (esta já em modo de ingotização), paredes-meias com o centro cívico da Vila, e cujo frontispício é um cartaz que se refere à excelência da doçaria conventual?
E a perene e densa cristalização do pensamento e, claro está da inação, dos actuais actores políticos e associativos da Vila, que envergonham os seus antecessores, sobretudo os que na sua tumba dão voltas e voltas, face a um quase total desnorte a que estamos votados?
Para quem quiser consultar a Lei que elevou a povoação de Pereira à categoria de Vila ela está
aqui, onde a data é de 16 de Agosto e não 15 de Agosto.
Dizem que comemorar o aniversário antes do dia não traz coisa boa!
Mas que mais mal nos pode acontecer?
Bom não seria que esta gentalha, que gere os nossos mais diversos destinos, desde a política ao associativismo, saíssem imediatamente de cena?
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