Cada tiro,
cada melro!
Cada ano: um
pior que o outro!
Então neste
novo ano e também com uma nova equipa directiva, já em plenitude de funções e
tão cheia de grandes intenções - que se deu ao conhecimento numa pose
fotográfica ao nível de uma revista cor-de-rosa-, como é que é possível que com
as Bodas de Ouro do Grupo ao virar da esquina, a tradição do Cantar das
Janeiras se circunscreva apenas ao Centro de Dia, Casa Paroquial, ADCR Pereira
e Junta de Freguesia?
Inconcebível!
Inaceitável!
É algo extremamente redutor para o nosso Grupo Folclórico, para a nossa Vila!
É algo extremamente redutor para o nosso Grupo Folclórico, para a nossa Vila!
Talvez os
Reis Magos, no dia 6, além do habitual ouro, do incenso e da mirra, tragam consigo este
ano outros presentes, como por exemplo: jerricans com gasóleo para que as
carrinhas dalgumas instituições da Vila não fiquem paradas em plena via por
falta de combustível!
Que asco!
Não vos
parece que o Grupo Folclórico é cada vez menos da Vila de Pereira, sendo
apenas, mais um, dos muitos coutos que por cá existem?
Ups! Mete gelo!
O texto,
sobre este mesmo tema, datado de 3 de Janeiro de 2015, está aqui.
Também
pode ser lido, após o cartaz de 2015, que republicamos abaixo.
"Só os moradores e vizinhos da Casa Paroquial, do Largo
do Terreirito, os vizinhos da ADCR Pereira, os mais próximos da Capela de Santa
Rita e da Junta de Freguesia é que têm o privilégio (?!) de ouvir cantarem as
Janeiras?
E quem se
não pode deslocar?
É a montanha
que vai a Maomé?
Não há, nos
dias de hoje, viaturas para deslocar os cantadores e respectiva tocata pelos
outros bairros da Vila?
Só os
moradores e vizinhos da Casa Paroquial, do Largo do Terreirito, os vizinhos da
ADCR Pereira, os mais próximos da Capela de Santa Rita e da Junta de Freguesia
é que têm o privilégio (?!) de ouvir cantarem as Janeiras?
E quem se
não pode deslocar?
É a montanha
que vai a Maomé?
Não há, nos
dias de hoje, viaturas para deslocar os cantadores e respectiva tocata pelos
outros bairros da Vila?
Então, nos
locais abaixo indicados, não existem pessoas para quem a tradição ainda é o que
era e não quase uma subversão, alimentada pela obrigação - e não pela paixão,
de promover mais uma iniciativa, que se nos afigura como mais um logro, mais um
atentado à “tradição secular” e à imagem de grandiosidade granjeada no passado
pelos promotores e da própria Vila em si?
Exemplos?
Montes de
Cima: Largo da Capela
Senhora do
Pranto: Largo da Capela
Cabecinhos:
Fonte do Coronel
Morraceira:
Cruzamento para a Rua Vila de Pereira
Casais
Velhos: Largo da Associação (que já reabriu!)
Urbanização
Quinta D. Teodora: largo principal
Urbanização
Quinta S. Luiz: largo principal
Tojal: Largo
da Capela ou na Cruz Vermelha
Mas, nem
tudo é negativo.
Começar
pelos mais velhos, no Centro de Dia (o tal barraco de madeira, onde o sol não
consegue entrar durante todo o dia) é uma nota digna de ser sublimada pela
positiva.
Mas não é só
no Centro de Dia que estão muitos idosos que gostavam que o Rancho da sua terra
lhes reavivasse a sua meninice, a sua juventude, com o cantar da Janeiras.
Há mais
vida, para além destes poucos locais onde o Grupo vai cantar.
Há mais
gente, há mais vida noutros bairros, muitos deles sempre ostracizados nestas
coisas da Cultura, onde outras pessoas valorizam muito mais esta e outras
tradições de forma muito pura, muito genuína, de sorriso rasgado e não com o
dever de estar presente de riso forçado, a fazer um frete."