segunda-feira, 14 de setembro de 2015

E quarenta anos depois...


Logo após o raiar da liberdade em Portugal, a nossa Vila, num frémito de mudança e uma inusitada vontade férrea de sair do obscurantismo, do esquecimento, quase trevas, a que o poder a tinha subjugado, assumiu-se como o grande farol desta margem esquerda do Baixo Mondego.

Logo em 1975, a Associação Pró-Desporto e Cultura, iniciou a grande epopeia que foi a construção do pavilhão gimnodesportivo que, aos poucos e poucos, com meia-dúzia de iniciativas completamente inéditas na Vila – quem não se lembra do sorteio do Ford Fiesta, o empréstimo dos cinco contos ou da grande passagem de modelos -, foi surgindo como um sinal de modernidade, do trabalho, do empenho, da grande capacidade mobilizadora de então, pois que, nesses tempos todos puxavam a corda para o mesmo lado, ao invés dos dias de hoje.
No ano de 1976, fizemos ecoar, num tom belicoso, o nosso grito do Ipiranga, quando o povo mostrou que era uno, na tentativa, que infelizmente se revelou frustrada, de mudar para o concelho de Coimbra, grito esse que não teve decibéis suficientes para que a nova classe política de então o ouvisse.

E toda esta narrativa para dizer que, passados 40 anos sobre o início da construção do gimnodesportivo, ainda falta fazer a piscina e o campo de ténis, duas promessas com as quais se mantinha o povo motivado - iludido, há que escreve-lo sem pejo-, povo que foi vivendo sempre na esperança da construção destes dois equipamentos desportivos, não só para fruição dos seus obreiros e seus filhos mas, neste século, também dos seus netos.
Só que não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe!

Onde está a piscina?
Onde está o campo de ténis?

Ainda se lembram da praça de touros, em madeira, que era um pólo de atracção único e que foi "sacrificada" mas, em nome de quê e porquê?
Alguém explica?

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